Masterplan apresentado mostra a desejada transformação da cidade, com prós e contras
- Aderbal Machado
- 21 de dez. de 2021
- 3 min de leitura
Nesta segunda-feira, 20, mostrados detalhes do Masterplan de Balneário Camboriú, obra do escritório urbanístico de Jaime Lerner.
O trabalho tem por objetivo apoiar a construção de uma visão de futuro a partir de duas vertentes, sendo elas:
1. Apresentar Diretrizes de Macro Estruturação Urbana para o Município de Balneário Camboriú nos temas:
• Ordenamento Territorial
• Conectividade
• Meio Ambiente
• Identidade
2. Apresentar Projetos Estratégicos específicos, a nível conceitual, que valorizem o meio ambiente, aspectos históricos e culturais, para a construção de um sentido de pertencimento e consolidação de uma identidade para seus moradores.
O produto referente aos projetos estratégicos - versão preliminar contemplou os seguintes itens:
1. Projetos estratégicos | Acupunturas Urbanas
2. Parque da Orla Central | Nova Orla da Praia Central
3. Costa Ecológica Interpraias | Estudo das Praias Agrestes - Interpraias
4. Nova Orla do Rio Camboriú | Margens do Rio Camboriú
5. Balneário Parque de Inovação | Parque da Lagoa e Bairro Nova Esperança
6. Parque das Águas | Núcleo de Fundação, Bairro da Barra e S.J. Tadeu
7. Eixo da Ciência | Parque Raimundo Malta e Entorno
8. BR Verde | BR101
9. Anel Ecológico Norte
Há uma enormidade de virtudes, mas também há fatores de dificuldade para a sua concretização, apontados no projeto:

PONTOS FRACOS
Ordenamento territorial
• Estresses nas infraestruturas decorrentes das altas temporadas;
• Dependências de acordos multimunicipais para soluções relacionadas ao Saneamento Ambiental – drenagem, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e destino de resíduos sólidos;
• Pressão de ocupação sobre áreas naturais, rios e mata atlântica;
• Pressão de ocupação sobre áreas inadequadas - alagáveis e morrarias;
• Pressão de ocupação na região composta pela APA da Costa Brava;
• Assimetrias na ocupação (usos e densidades) do território;
• Alto custo de desapropriação em regiões já ocupadas e adensadas;
• Barreiras naturais e edificadas que compartimentam e desconectam o território – rios, morros e BR101;
• Perda/Transformação da paisagem natural;
• Revisão do Plano Diretor em atraso.
Conectividade
• BR 101 que corta o território;
• Transposições ao longo da BR insuficientes;
• Conflito de escala e de usuários nas transposições existentes;
• Inexistência de transposições da BR 101 voltadas aos pedestres e veículos não motorizados; • Malha viária congestionada;
• Custo de desapropriação para melhorias na malha viária;
• Transporte coletivo ineficiente;
• Necessidade de melhorias no transporte coletivo da praia Central;
• Rede cicloviária incompleta;
• Não aproveitamento do rio Camboriú como elemento de conexão territorial.
Identidade e setor econômico
• Poucos atrativos nos segmentos de arte e cultura;
• Capacidade ociosa dos equipamentos turísticos em dias úteis;
• Centro de Eventos sem programação;
• Baixa integração socioeconômica com os grupos culturais: pesqueira e quilombola;
• A força do mercado imobiliário desconectada da construção civil dentro de uma cadeia produtiva de negócios, com a sistematização dessa expertise a divulgar saberes, práticas e técnicas;
• Poucos roteiros organizados que incluam transporte, comida e visitação aos atrativos;
• Falta de placas indicativas nas cidades próximas e de sinalização bilíngue;
• Sinalização insuficiente para atrativos;
• Inexistência de transporte turístico regular.
AMEAÇAS
• Colapso da BR 101, causando dificuldades na integração intermunicipal e efeitos diretos no setor de turismo;
• Estresse nas redes de infraestrutura nos períodos de alta temporada;
• Alagamentos na região nos períodos das grandes chuvas;
• Risco de poluição das praias provocado pelos municípios a montante dos rios que desembocam em BC ou por acidente no porto de Itajaí.
CONHEÇO O PROJETO INTEGRALMENTE:
Veja vídeo de apresentação:
Comments