Prefeito quer comissão tripartite para resolver Centro de Eventos, uma iniciativa louvável, mas...

Prefeito Fabrício Oliveira esteve em Florianópolis, a fim de discutir uma fórmula destinada a garantir a abertura do Centro de Eventos de Balneário Camboriú. A conversa foi com a Santur e o Tribunal de Contas. No TCE, sobre a decisão de suspender o processo licitatório para contratação do consórcio vencedor, tido, a priori, como irregular em função das condições da empresa.

Na Santur, o prefeito condicionou a parte prática: reiterou a necessidade de formação de uma comissão com membros do Governo do Estado, da Prefeitura e do trade turístico para avaliar alternativas até que situação se resolva, já que, segundo Fabrício Oliveira, “Balneário Camboriú não pode esperar mais pela abertura do Centro de Eventos”.

O presidente da Santur, Renê Menezes, explicou que até semana que vem responderá os questionamentos do Tribunal de Contas sobre o processo de licitação do Centro de Eventos, e dará retorno ao Município sobre o assunto.

Louvável o esforço do prefeito na cata de solução para o Centro de Eventos. Aqui, gostaria de expressar a vontade imensa de ser desmentido porque, desde o início, tenho evidenciado minha descrença medular sobre o projeto, ao menos nas condições em que imaginam ou pretendem. Continuo achando que não vai se concretizar como querem ou pensam. E se não encontrarem uma alternativa urgente para o uso daquela imensidão arquitetônica já, podemos nos arrepender muito depois. E como todo arrrependimento vem sempre tarde...

É só a gente prestar atenção e compulsar informações desde quando se teve a ideia de construir o Centro até hoje. Quantas reviravoltas negativas tivemos desde então. E nenhuma solução plausível se apresentou, senão apenas esperanças e frustrações.

Bom relembrar:

No último dia 2 de agosto, por unanimidade, o pleno do TCE/SC ratificou a decisão singular do conselheiro Luiz Eduardo Cherem, que suspendeu o edital de licitação do Centro de Eventos de Balneário Camboriú. A Corte de Contas apura possíveis irregularidades no processo de concessão ao apontar falta de qualificação técnica da empresa vencedora da concorrência, que tem experiência na exploração de serviços de fornecimento de bebida e comida, mas não na administração de empreendimentos, exigência que faz parte do edital. Em dezembro de 2019, o TCE/SC havia encaminhado ao governo estadual orientações com recomendações relacionadas ao plano de negócios, ao fluxo de caixa, ao conteúdo do edital e à minuta do contrato.