Projeto de reurbanização da orla de Balneário Camboriú é autorizado em audiência pública
- Aderbal Machado
- 20 de jul. de 2022
- 3 min de leitura

O plenário da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú lotou na noite desta terça-feira (19/07), para a audiência pública de apresentação do projeto de reurbanização da Praia Central, promovida pela prefeitura.
Após a abertura pelo prefeito Fabrício Oliveira, o projeto foi apresentado por Guto Índio da Costa, coordenador dos núcleos de design e transporte do seu escritório de arquitetura.

De acordo com informações da prefeitura, o projeto de reurbanização foi encomendado pelo Instituto +BC ao escritório Indio da Costa, do Rio de Janeiro, e será doado ao Município. O Instituto +BC é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) formada por empresários da cidade que já colaboraram no projeto de recuperação da faixa de areia da Praia Central, igualmente doado à municipalidade.

Após a apresentação do projeto de reurbanização, a palavra foi aberta ao procurador da República Marcelo Godoy, que fez parte da mesa do evento, e depois, ao público na plateia. O público fez sugestões e perguntas, respondidas pelos representantes do escritório Índio da Costa e da prefeitura. Na consulta feita ao final da reunião, a continuidade do projeto foi aprovada pela maioria dos presentes.
Além do prefeito e do procurador, fizeram parte da mesa o presidente da Câmara Municipal, Marcos Kurtz; o gestor do Fundo de Outorga Onerosa de Transferência do Potencial Construtivo de Balneário Camboriú, Rubens Spernau; a representante do Instituto +BC Stephane Domeneghini; e o arquiteto Indio da Costa.
Presentes à audiência vereadores, secretários e servidores municipais, representantes da sociedade civil organizada, empresários e políticos.
Segundo informações passadas pela prefeitura no evento, a comunidade pode enviar sugestões ao e-mail reurbanizacaodaorla@bc.sc.gov.br
Antes da reunião o engenheiro Rubens Spernau, gestor do Fundo de Outorga Onerosa de Transferência do Potencial Construtivo, concedeu entrevista à Rádio e TV Câmara durante meia hora, conversando com os repórteres Carlos Magagnin e Aderbal Machado.
Alguns detalhes reportados por ele sobre o projeto:
Haverá uma demora acentuada na sua concretização plena - algo superior a dois anos, prazo inicialmente previsto - porque as obras serão por etapas ou trechos pequenos, para não impactar, novamente na mobilidade urbana;
O custo sairá dos recolhimentos do potencial construtivo - algo em torno de R$ 250 milhões - e de financiamentos;
Haverá uma nova galeria de esgotamento pluvial e outro emissário de esgoto, além dos já existentes;
Haverá uma terceira pista de rolamento, privilegiando o tráfego de veículos especiais e ônibus urbanos, exceto os de turismo; e também áreas de carga e descarga para serviço aos bares, restaurantes e comércio à beira da praia;
O custo sairá dos recolhimentos do potencial construtivo - algo em torno de R$ 250 milhões - e de financiamentos;
A restinga será com gramíneas, não com arbustos, para não prejudicar a visibilidade da praia e facilitar a própria movimentação de pessoas e a segurança social;
A existência de comércio na orla, como hoje existe com tendas de churros e milho e quiosques, será refeita e, dependendo de autorização do SPU, de forma mais moderna;
Haverá sanitários e chuveiros públicos, com projetos mais modernos. Na opinião de Rubens, com cobrança pelo uso - opinião pessoal, não como gestor, insistiu ele;
Haverá três pistas exclusivas para pessoas: uma para ciclistas, outra pra quem queira correr e outra para quem queira apenas caminhar.
Algumas imagens ilustrativas do projeto foram mostradas por uma das empresas patrocinadoras, a FG Empreendimentos e estão estampadas aqui. Trata-se de detalhe da parte de ornamentação, por isso chamada de "Parque Linear".


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