Relatora da reforma do Código Eleitoral barra artigos que pretendem volta das coligações
- 15 de set. de 2021
- 1 min de leitura

Senadora Simone Tebet, relatora da PEC da reforma eleitoral recomendou a aprovação do projeto, mas barrou os artigos que resgatam a volta das coligações. As mudanças eleitorais precisam ser aprovadas até o 2 de outubro a tempo de valerem paras eleições de 2022.
Segundo Simone, as coligações distorcem a vontade do eleitor, ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentarem a fragmentação partidária e dificultarem a governabilidade.
— O eleitor sempre sabe em quem vota; nunca sabe, contudo, a quem seu voto ajudará a eleger. Muitos partidos implicam muitos acordos, num investimento maior, portanto, de tempo e recursos políticos para construir e manter coalizões governamentais. O resultado pode ser paralisia decisória, descontentamento dos eleitores, perda de legitimidade dos governos — disse.
As coligações em eleições proporcionais estão proibidas desde a promulgação da Emenda Constitucional 97, de 2017, e não puderam ser usadas nas eleições municipais de 2020.
De acordo com o senador José Aníbal (PSDB-SP), o impacto do fim das coligações nas eleições municipais de 2020 foi muito positivo.
— Retroceder é inaceitável. O Senado tem o dever de rejeitar [a volta das coligações] — defendeu.
O pedido de vistas foi do senador catarinense Jorginho Mello (PL).
Comments