Transporte público em Balneário Camboriú sob ameaça de parar, mas prefeitura garante que não para

A audiência pública realizada na Câmara Municipal de Balneário Camboriú discutiu a possibilidade de paralisação do transporte público da cidade por falta de demanda, de acordo com manifestação da empresa concessionária PGTur.

Comissão Parlamentar Especial foi criada pelo Requerimento 21/2022, com a finalidade de compreender o funcionamento da atual concessionária do transporte coletivo, a metodologia de custeio, adequações necessárias para o melhor atendimento dos usuários e viabilidade da prestação de serviços pela concessionária.

De acordo com a empresa não é suficiente o volume mensal de passageiros, resultando num prejuízo de mais de R$ 1 milhão. A arrecadação não cobre nem os custos operacionais, segundo a empresa.

Ela iniciou sua atividade em setembro, e tem previsão de entregar o relatório final em 12 de dezembro deste ano. A Comissão é composta pelos vereadores, Eduardo Zanatta (PT), André Meirinho (Progressistas), Anderson Santos (Podemos), Cristiano (PL) e Marcelo Achutti (MDB).

Houve a sugestão de se subsidiar, embora isso não evite o prossseguimento do problema (falta de demanda ou de passageiros), apenas transferindo o ônus de custeio.

Na audiência pública, porém, o diretor-presidente do BC Trânsito (a Autarquia Municipal de Trânsito de Balneário Camboriú), Ricieri Ribas Moraes, assegurou que o transporte público não vai parar de funcionar no dia 30 de novembro, conforme nota divulgada pela empresa.

Afirmou que a prefeitura entrou em acordo com a concessionária, e que poderá manter a operação da empresa através dos recursos advindos da Emenda Constitucional 123/2022, que, entre outras questões, institui auxílio para entes da federação financiarem a gratuidade do transporte público. E levantou outros pontos que o Executivo está estudando para melhoria do transporte coletivo do município.