top of page

Uma crise na Polícia Civil de SC e a suspeita de se querer esconder investigações de atos do governo

  • 5 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Nesta segunda-feira (04), governador anunciou o novo delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Flávio Ghizoni Júnior. Em coletiva de imprensa, realizada na sede de Delegacia-Geral da Polícia Civil, o novo delegado-geral afirmou que pretende fortalecer os trabalhos de investigação criminal.


“Nosso planejamento tem como prioridade reforçar a DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) com mais delegados. Esta é a prioridade neste momento na Polícia Civil. A ordem é fortalecer esse trabalho", projeta Ghizoni. O delegado Ghizoni entrou no lugar que antes era ocupado pelo delegado Laurito Akira Sato.


Breve currículo


Marcos Flávio Ghizoni Júnior nasceu em 6 de novembro de 1972 e entrou para a Polícia Civil em 2006. De 2015 ao início de 2018, atuou como delegado geral adjunto, tendo assumido o comando da corporação em 20 de fevereiro de 2018. Desde então, atuou como controlador-geral da Assembleia Legislativa.

Possui graduação em Direito pela UNISUL, onde se formou em 2003, e graduação em Ciência da Computação pela Universidade do Vale do Itajaí, a UNIVALI, onde se formou em 1999.


Mas há muitas controvérsias neste meio. A polêmica sobre os motivos do afastamento de Akira Sato vão desde doença até revolta com pressões de afastar delegados responsáveis por apuração de atos, digamos, nada sérios dentro do governo. Faltou jogo de cintura, até pela ausência do governador no Estado quando a situação se criou.


O jornalista Moacir Pereira fez colocações esclarecedoras em sua coluna:


A mudança foi decidida depois de reunião na Casa da Agronômica, presentes os delegados Akira Sato, Marcos Ghizzoni, Rafaello Ross (cogitado para o cargo), o secretário Eron Giordani e assessores militares.


Na realidade, as versões que circulam na Assembleia Legislativa, nos bastidores da Policia Civil e entre Delegados de Policia, Akira Sato pediu as contas porque teria recebido pressões politicas para segurar investigações envolvendo auxiliares muito próximos de Carlos Moisés.


A demora do governo em acionar os bombeiros políticos e debelar a crise tem duas leituras. A primeira é oficial e informa que Carlos Moisés estava em São Paulo após a demissão de Akira Sato, celebrando aniversário da esposa, e só retornou domingo a Florianópolis. A segunda é política e retrata a existência de conversações entre delegados, autoridades e parlamentares, todos visando colocar água no fogo que se alastrava.


O acordo resultou em outras decisões:


1. O delegado Rodrigo Schneider, coordenador das Delegacias Especializadas no Combate à Corrupção não será mais substituído do cargo.


2. Os delegados Jeferson Prado Costa, da DEIC, que investigava caso grave de corrupção no governo, e a delegada Beatriz Ribas dos Reis, que conduzia inquérito sobre irregularidades no Instituto do Meio Ambiente, foram removidos. O novo Delegado-Chefe Marcos Ghizzoni já anunciou que retornarão aos cargos.


Deputados de oposição prometem gasolina hoje (5) na Assembleia.


Trocando em miúdos, mudou tudo para nada mudar. Aguardemos a gasolina que os parlamentares jogarão na fogueira. Mas de uma coisa se tem certeza: vai ser só jogo de cena. A situação está controlada - ao menos aparentemente ou olhando aqui de fora.

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
LogomarcaMin2cm.jpg

Siga nas Redes Sociais

  • Branca Ícone Instagram
  • Branco Facebook Ícone
  • Branco Twitter Ícone
  • Branca ícone do YouTube

© 2020 | Aderbal Machado

bottom of page